Fãs da dança Harlem Shake gravam versão com 400 pessoas no Farol da Barra
A equipe da Liga dos Baianos, um conjunto de bloggers e vloggers (que produzem blogs de vídeo) foi a responsável por mobilizar, através do Facebook
Quem passou pelo Farol da Barra neste domingo se deparou com uma multidão de pessoas fantasiadas pulando freneticamente ao som de uma música muito agitada. Bruxas e robôs feitos de caixas de papelão dividiam espaço com monstros, múmias, filhos de Gandhy, jogador de futebol americano, médico, gari, ciclistas, gente com o corpo todo pintado e até um sol gigante.
A muvuca fazia parte da gravação de um vídeo para ser publicado na internet. Uma versão soteropolitana para um meme que está fazendo muito sucesso em todo o mundo. A equipe da Liga dos Baianos, um conjunto de bloggers e vloggers (que produzem blogs de vídeo) foi a responsável por mobilizar, através do Facebook, cerca de 400 pessoas na Barra dispostas a aparecer em mais um vídeo da música Harlem Shake que ganhará a grande rede mundial de computadores.
Harlem Shake tem versão com 400 pessoas no Farol da Barra (Foto: Arisson Marinho)
Tudo começou com um grupo de jovens australianos que gravou um vídeo com fantasias ridículas ao som da música do DJ norte-americano Baauer. A repercussão foi tão grande que nada menos que 30 milhões de pessoas viram a dancinha frenética. Foi a senha para que milhares de internautas decidirem também fazer suas versões. Até os soldados do exército norueguês fizeram a sua, que já alcançou mais de 44 milhões de acessos.
E se você se pergunta o que motivou esse pessoal a trocar o domingo de praia pela bagunça no Farol, a resposta é simples: “Quero participar de um vídeo que é sucesso mundial”. Ou seja, a fama.
Quem disse isso foi o blogueiro Guilherme Brandão, de 23 anos, que foi com uma máscara de cachorro e uma bola azul enorme. As fantasias não tinham muita lógica. Havia gente com perucas coloridas e o corpo coberto por desenhos feitos de tinta, mascarados, sem camisa, gente carregando ursos de pelúcia, tudo.
As amigas Amanda Marin e Evelin Nunes, de 21 anos, foram vestidas de bruxa. “Compramos ontem à noite pra vir pra cá”, afirmou Evelin.
A brincadeira para lá de infantil não era só para jovens antenados na internet: a aposentada Sonia Hayme, de 57, foi acompanhada de amigos. “Eu vi ontem no CORREIO e resolvi conferir o que era”, disse.
Além dos que foram participar, a Barra ficou cheia de curiosos, que nunca tinham ouvido falar no tal do Harlem Shake. O auxiliar de serviços gerais Edson Conceição de Araújo, 42, estava apresentando o cartão postal a uma amiga que veio do Rio Grande do Sul quando se deparou com o grupo. “Parece carnaval. Então vamos nos juntar ao pessoal e participar também”, revelou.
Já passava de 11h quando a gravação começou. Quatro câmeras estavam a posto no local – uma delas, na torre do Farol. As primeiras cenas foram feitas com pessoas vestidas de Filhos de Gandhy fazendo a típica dança do afoxé.
Após alguns segundos, a música acelera e a dança típica baiana deu lugar a movimentos quase epiléticos. Depois foi a vez de juntar todo mundo em uma coreografia desordenada. “O segredo da dança é não ser organizado”, explicou Raoni Oliveira, 21, um dos organizadores do evento.
Alex Gama, um dos responsáveis pela Liga dos Baianos, contou que o grupo já planeja novas filmagens. “Pretendemos fazer o próximo em alguma praia para limpar as areias, queremos testar o poder da internet e fazer algo social”, afirmou Gama.
Estudantes da Ufba dançaram na Biblioteca Central
A primeira versão baiana do viral foi gravada na sexta-feira passada e publicada no You Tube no sábado passado, dia 2. O “Harlem Shake UFBA”, como está nomeado, já tem pouco mais de 19 mil visitas. O estudante de História da Ufba, Rodolfo França, foi um dos autores do vídeo, gravado no pátio da Biblioteca Central da Ufba, no Campus de Ondina.
Estudantes da Ufba dançaram na Biblioteca Central
A primeira versão baiana do viral foi gravada na sexta-feira passada e publicada no You Tube no sábado passado, dia 2. O “Harlem Shake UFBA”, como está nomeado, já tem pouco mais de 19 mil visitas. O estudante de História da Ufba, Rodolfo França, foi um dos autores do vídeo, gravado no pátio da Biblioteca Central da Ufba, no Campus de Ondina.
É Rodolfo que inicia o vídeo com uma máscara do personagem Jason e uma bóia na cintura. Após alguns segundos de sua dança solitária, todos os estudantes ao seu redor levantam e seguem se bolindo em ritmo frenético.
Em uma busca rápida no site do Youtube é possível encontrar mais de 28 mil vídeos relacionados à dança maluca. O “cachorro doidão” foi um dos preferidos pelas pessoas que estavam ontem no Farol da Barra.
“É muito engraçado o cara com o cachorro, esse é o que mais gostei”, revelou Roberto Benevides, 29. Em segundo lugar, está o vídeo Biggest Harlem Shake, feito na Universidade do Texas, nos Estados Unidos. “O vídeo do Texas foi um dos maiores, eu gostei muito desse, espero que a gente consiga bater esse record”, disse Tiago Troccli.
Nenhum comentário:
Postar um comentário