Motorista de ônibus é morto a tiros em Campinas de Pirajá
O rodoviário, que trabalhava na empresa OT trans , estava de moto e seguiria para o trabalho quando foi abordado por dois homens. Antes de ir trabalhar,Osvaldo seguia para a casa da primeira esposa, na Rua Geolândia, onde costumava todos os dias pegar o almoço.
Osvaldo, que fazia a linha Estação Pirajá/Baixa dos Sapateiros, conviva há cerca de 20 anos com a sua segunda mulher, a comerciante Isabel Silva, 53 anos, na Rua Senhor do Bonfim. A caminho da casa da doméstica Jaciara dos Santos, 57 anos, com quem ele tinha dois filhos, foi surpreendido por dois homens armados em uma moto.
O corpo do rodoviário foi retirado do local por volta das 7h. Horas depois, os parentes dele ainda tentavam apagar as marcas de sangue que ficaram espalhadas na calçada e nas paredes da residência da sua antiga esposa. As cápsula das balas ainda estão no local. "Por que fizeram isso com ele? Como eu vou viver agora? Ele não merecia isso. Só mataram ele porque eu não estava em casa", disse a doméstica Jaciara.
Em nota, a Polícia Militar informou que o rodoviário foi atingido com cinco disparos de arma de fogo na cabeça. Segundo familiares da vítima, o rodoviário não tinha dívidas e era conhecido por ser um homem tranquilo. A atual mulher conta que Osvaldo saiu de casa por volta das 4h. Na ida para residência da doméstica, o rodoviário se despediu e disse o quanto amava a esposa. "Todos os dias ele fazia isso. Me abraçava forte e dizia que me amava muito. Hoje, quando ele estava saindo eu pedi que Jesus protegesse ele. Não dá pra acreditar no que aconteceu", conta.
A ex-cunhada da vítima conta que escutou os disparos e acordou assustada. "Coloquei a cabeça na janela e vi que ele estava caído no meu passeio. Quando eu corri em direção a porta pra tentar dar socorro fui surpreendida com um tiro que atravessou a porta. Por pouco eu era baleada", relembra a dona de casa Ana Ilza dos Santos, 55 anos. Ela mora no mesmo sobrado que a ex-mulher do rodoviário.
O irmão da vítima, o aposentado Ailton Eloy dos Santos, 67, diz que não consegue entender o que aconteceu. "Não sabemos o que motivou isso. Ele era um homem bom, trabalhador e que amava a família. A forma como ele foi morto foi brutal, vários tiros de calibre 45. Um absurdo".
"Ele estava saindo para trabalhar quando foi assassinado. Infelizmente como foi Osvaldo poderia ter sido qualquer outro membro da sociedade. Nós nos solidarizamos com a família e sentimos muito a perda do colega", afirmou Fábio Primo, vice-presidente do sindicato dos rodoviários da Bahia.
A moto e os pertences pessoais da vítima não foram levados pelos bandidos. Equipes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foram encaminhadas ao local para fazer perícia e remoção do corpo.
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