MATO TOMA CONTA DE CICLOVIA NO DIQUE DO CABRITO

• Ciclistas que moram no entorno do Dique do Cabrito, no Subúrbio de Salvador, denunciam o abandono do espaço. Falta infraestrutura e o mato, que cobre a ciclovia, obriga crianças a transitarem na rua, correndo o risco de serem atropeladas por carros e ônibus que trafegam no local.

Circundado pelos bairros de Marechal Rondon, Campinas de Pirajá e Alto do Cabrito, o Dique é um dos poucos espaços de lazer para os moradores do Subúrbio. Uma reforma, iniciada em 2002, previa a revitalização do Dique, com a implementação de quadras de esporte, ciclovia, jardins, parque infantil, quiosque, anfiteatro e aparelhos de ginástica para a população. Mas, hoje, o que se vê é só abandono.

A ciclovia de barro batido está coberta pelo mato, não há se quer uma flor para chamar de jardim, o parque infantil e quiosque existiram apenas no papel. Cansados de esperar, os moradores armaram barracas de lona, onde se confraternizam nos fins de semana, e as crianças improvisam brincadeiras, sonhando com dias melhores. “Eu queria que ele fosse mais bonito, tivesse um parque e desse pra andar de bicicleta sem ter medo dos carros. O meu pai conta que quando ele era criança tomava banho nessa água, mas a gente acha suja, se fosse limpa queria poder nadar nela”, revela o garoto Andrei dos Santos, 12 anos.

A preocupação de Andrei esta baseada na recente morte de peixes, que os moradores acreditam ser provocada pela poluição e dejetos lançados na água. Parte do espelho d’água está coberto por uma planta conhecida como baronesa (cultivada pela sujeira), ao seu redor se acumula lixo como garrafas pet.

Ciclistas cobram melhorias na infraestrutura do local