Mulheres 'saem na mão' como homens nas ruas
O fato é que a violência “rosa” está ficando cada vez mais banalizada, entre as brigonas estão adolescentes estudantes, donas de casa, que terminam chegando à vias de fato motivadas por uma disputa de um “amor” em comum.
O juiz de Direito e ex-delegado, Ubaldino Leite, reconhece que as mulheres têm se tornado tão brigonas quanto os homens e faz uma análise. “Quem vai para linha de frente, para área de atrito tem o ônus e bônus. Na medida em que a mulher passou a ter direitos iguais aos dos homens, inclusive os de ser chefe em empresas, de famílias, e até em áreas policiais e militares, fez com que as femininas viessem para a linha de frente, colocando-a face a face com as áreas de atrito. Em decorrência disso passamos a ver, cotidianamente, mulheres em vias de fato, aos gritos e em alguns casos, até com uso de armas de fogo, passando a frequentar as páginas policiais, independente de classe social”, explica Ubaldino.
A psicóloga Suely Borges, do Centro de Atenção Psicossocial Eduardo Alves de Araújo em Lauro de Freitas, que trabalha com transtorno mental, declarou que não tem um estudo aprofundado sobre o caso, mas opinou. “Antes de tudo, existe um aspecto, que pode ser observado, que é o fato da população feminina ser maior que a masculina e isso pode influenciar na quantidade de casos de violência entre mulheres. Sem dúvida, as mulheres contemporâneas sofrem com o estresse cotidiano, devido e a carga de trabalho somada às obrigações dentro de casa, isso pode ser outro fator que influencie, tendo em vista que o papel masculino tem sido assumido pela mulher na sociedade e isso reflete no enfrentamento com outras mulheres, ainda com o agravo das influências da classe social, como, a opressão, a descriminação, a exclusão social, e outro fator ainda mais grave; a banalização da imagem da mulher que tem contribuído para a fragilização e por consequência a sua vulnerabilidade aos vários tipos de violência. Acho que temos aí, muito mais um problema social do que do âmbito psicológico”, comenta Suely Borges.
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