Após ação na Barra, Transalvador vai Suburbana
O objetivo é organizar o trânsito e reprimir o estacionamento irregular nas regiões
A proibição de estacionar na orla começou na Barra, mas vai se estender por toda a cidade, afirma José Carlos Aleluia, secretário de Urbanismo e Transporte. Esta semana, outros bairros também estarão no foco da Transalvador, incluindo a Avenida Suburbana, Avenida Sete e Comércio.
O objetivo é organizar o trânsito e reprimir o estacionamento irregular. “Esta medida é resultado de estudos e vamos fazer isso na cidade inteira. A rua é para o carro circular. Ele pode estacionar eventualmente, quando isso é permitido. Tem lugares na Avenida Sete que têm quatro faixas e, mesmo assim, os carros param de uma forma que atrapalha o trânsito. Outros sobem no passeio e prejudicam o pedestre”, afirmou.
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| Av.Suburbana. |
Serão multados os carros estacionados na orla, na calçada e também em jardins. Parar em boa parte desses lugares já era proibido mesmo antes da determinação da prefeitura, lembra Fabrízzio Müller, superintendente da Transalvador.
O que vai aumentar é o rigor. “A gente entende que há lugares onde o carro não pode ficar. Estacionar em lugar proibido, descarregar em lugar proibido, tudo reflete no trânsito”, justifica.
Fabrízzio afirma que desde a posse do novo prefeito voltaram a acontecer as blitze de alcoolemia, para verificar a quantidade de álcool no sangue dos motoristas. Desde dezembro, a punição para a quem infringir a Lei Seca dobrou: o condutor paga multa de R$ 1.915,40. Se reincidir no prazo de 12 meses, paga R$ 3.830,80, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Apoio
Aleluia, que foi compareceu às primeiras fiscalizações de estacionamento irregular ontem, na Barra, afirma que a ação tem apoio popular. "As pessoas disseram que estão gostando. Queremos a pista livre, entregue ao pedestre", disse. Os donos de carros guinchados devem ir ao pátio da Transalvador, no Vale dos Barris, pagar a multa pela infração e retirar o veículo.
Ação na Barra continua neste domingo
Continua hoje a operação que multou 42 carros em R$ 85,12 e guinchou outros sete, até as 16h de ontem, na Barra. A punição vale para quem descumprir a medida que proíbe o estacionamento na faixa litorânea que vai da Ladeira da Barra ao Cristo. De acordo com o superintendente da Transalvador Fabrizzio Müller, a operação segue ativa também na próxima semana.
Os agentes da Transalvador começaram a fiscalização às 5h da manhã de ontem. Essa é a primeira ação do “choque de gestão” prometido pelo prefeito ACM Neto para o trânsito de Salvador.
Desde quinta-feira, placas que sinalizam estacionamento proibido foram espalhadas pelo bairro e a medida divulgada pelos veículos de imprensa. No sábado, cones foram enfileirados ao longo da orla. Mesmo assim, alguns moradores alegam que a informação foi insuficiente.
É o caso de Damile Menezes, 29 anos. A arquiteta, moradora da Barra, estacionou o carro próximo ao farol na sexta à noite. Por volta das 11h de sábado, recebeu um telefonema do pai. “Ele perguntou: ‘Minha filha, onde você estacionou?’ eu disse: ‘Na orla’. Ele respondeu: ‘Então corra, que eu vi na televisão que estão guinchando tudo’. Corri e achei uma multa”, contou.
Apesar da punição, Damile não é contra a proibição. “Eu acho uma boa ideia. Mas vou recorrer dessa multa porque eu não sabia que isso estava sendo aplicado. O ideal seria informar aos prédios, para eles repassarem as informações para os moradores”, disse.
Organização
Seis carros da Transalvador se alternaram para garantir que a medida fosse cumprida ontem. Um guincho foi responsável por fazer o transporte dos veículos irregulares da orla para o pátio do órgão, no Vale dos Barris.
Apesar da estrutura enxuta, Fabrizzio Müller, novo superintendente da Transalvador, garante que a equipe de agentes está empolgada com as mudanças da nova gestão. “Encontrei a Transalvador sucateada. Só temos um guincho, poucos carros e as placas da Barra são provisórias, porque estamos com falta de sinalização, mas já estamos em processo para adquirir mais. Mesmo assim, nosso objetivo agora é, principalmente, fazer uma ação educativa. Mas as sanções já começaram”.
O motorista Valério Moura, que trabalha com turismo, achou a implantação precipitada. “É importante tirar os carros da orla, porque nela não cabe todo mundo. Mas, para isso, era preciso já ter criado um estacionamento alternativo”, afirmou.
Os ônibus para turistas, explica Fabrízzio, estão funcionando em esquema de estacionamento rotativo, exclusivo e provisório. Uma solução definitiva está em estudo e deve sair nos próximos dias.
Aceitação
A medida, acredita José Sampaio, 51 anos, foi um acerto do novo prefeito. O funcionário público mora na Barra e fez questão de ir cumprimentar o agente da Transalvador que estava próximo a ele.
“Foi maravilhosa a determinação. Mas acho que, após o horário de pico, à noite, poderiam permitir apenas aos moradores estacionar na orla, porque alguns prédios não têm estacionamento e é difícil parar no bairro”, sugeriu.
O objetivo da prefeitura é liberar a faixa litorânea para o pedestre, explica José Carlos Aleluia, secretário de Urbanismo e Transporte. “Vamos devolver a Barra aos baianos. Esta é uma das cinco praias mais bonitas do mundo na área urbana”, afirmou ele. “A água já é limpa e precisamos manter a areia e a rua limpas também. A prioridade são as pessoas. Pretendemos ampliar o calçadão e estamos examinando a possibilidade de uma ciclovia. A Barra é de todos os baianos e não pode ficar como estava”.
O estudante Gabriel Silveira, 21, descobriu que a medida estava valendo quando chegou ao Porto da Barra. De todos os entrevistados pelo CORREIO, ele foi o único a se posicionar contra. “O Porto tem muita visita e não tem estrutura para estacionar. Sou contra a proibição”, afirmou.
O vendedor Henrique Santos, 48, teme que o comércio informal de vendas em carros seja prejudicado com a determinação. Contudo, ele é a favor da ação. “Espero que a prefeitura não fique só na Barra, onde as pessoas já têm tudo, e também organize o Subúrbio”, indicou.
Continua hoje a operação que multou 42 carros em R$ 85,12 e guinchou outros sete, até as 16h de ontem, na Barra. A punição vale para quem descumprir a medida que proíbe o estacionamento na faixa litorânea que vai da Ladeira da Barra ao Cristo. De acordo com o superintendente da Transalvador Fabrizzio Müller, a operação segue ativa também na próxima semana.
Os agentes da Transalvador começaram a fiscalização às 5h da manhã de ontem. Essa é a primeira ação do “choque de gestão” prometido pelo prefeito ACM Neto para o trânsito de Salvador.
Desde quinta-feira, placas que sinalizam estacionamento proibido foram espalhadas pelo bairro e a medida divulgada pelos veículos de imprensa. No sábado, cones foram enfileirados ao longo da orla. Mesmo assim, alguns moradores alegam que a informação foi insuficiente.
É o caso de Damile Menezes, 29 anos. A arquiteta, moradora da Barra, estacionou o carro próximo ao farol na sexta à noite. Por volta das 11h de sábado, recebeu um telefonema do pai. “Ele perguntou: ‘Minha filha, onde você estacionou?’ eu disse: ‘Na orla’. Ele respondeu: ‘Então corra, que eu vi na televisão que estão guinchando tudo’. Corri e achei uma multa”, contou.
Apesar da punição, Damile não é contra a proibição. “Eu acho uma boa ideia. Mas vou recorrer dessa multa porque eu não sabia que isso estava sendo aplicado. O ideal seria informar aos prédios, para eles repassarem as informações para os moradores”, disse.
Organização
Seis carros da Transalvador se alternaram para garantir que a medida fosse cumprida ontem. Um guincho foi responsável por fazer o transporte dos veículos irregulares da orla para o pátio do órgão, no Vale dos Barris.
Apesar da estrutura enxuta, Fabrizzio Müller, novo superintendente da Transalvador, garante que a equipe de agentes está empolgada com as mudanças da nova gestão. “Encontrei a Transalvador sucateada. Só temos um guincho, poucos carros e as placas da Barra são provisórias, porque estamos com falta de sinalização, mas já estamos em processo para adquirir mais. Mesmo assim, nosso objetivo agora é, principalmente, fazer uma ação educativa. Mas as sanções já começaram”.
O motorista Valério Moura, que trabalha com turismo, achou a implantação precipitada. “É importante tirar os carros da orla, porque nela não cabe todo mundo. Mas, para isso, era preciso já ter criado um estacionamento alternativo”, afirmou.
Os ônibus para turistas, explica Fabrízzio, estão funcionando em esquema de estacionamento rotativo, exclusivo e provisório. Uma solução definitiva está em estudo e deve sair nos próximos dias.
Aceitação
A medida, acredita José Sampaio, 51 anos, foi um acerto do novo prefeito. O funcionário público mora na Barra e fez questão de ir cumprimentar o agente da Transalvador que estava próximo a ele.
“Foi maravilhosa a determinação. Mas acho que, após o horário de pico, à noite, poderiam permitir apenas aos moradores estacionar na orla, porque alguns prédios não têm estacionamento e é difícil parar no bairro”, sugeriu.
O objetivo da prefeitura é liberar a faixa litorânea para o pedestre, explica José Carlos Aleluia, secretário de Urbanismo e Transporte. “Vamos devolver a Barra aos baianos. Esta é uma das cinco praias mais bonitas do mundo na área urbana”, afirmou ele. “A água já é limpa e precisamos manter a areia e a rua limpas também. A prioridade são as pessoas. Pretendemos ampliar o calçadão e estamos examinando a possibilidade de uma ciclovia. A Barra é de todos os baianos e não pode ficar como estava”.
O estudante Gabriel Silveira, 21, descobriu que a medida estava valendo quando chegou ao Porto da Barra. De todos os entrevistados pelo CORREIO, ele foi o único a se posicionar contra. “O Porto tem muita visita e não tem estrutura para estacionar. Sou contra a proibição”, afirmou.
O vendedor Henrique Santos, 48, teme que o comércio informal de vendas em carros seja prejudicado com a determinação. Contudo, ele é a favor da ação. “Espero que a prefeitura não fique só na Barra, onde as pessoas já têm tudo, e também organize o Subúrbio”, indicou.
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